Resenha: A Culpa é das Estrelas - John Green

Ai que difícil fazer uma resenha de um livro que 90% da população do mundo já leu e já amou, e todos estão desesperados para ver o filme e se emocionar de novo com Hazel e Gus. Por isso eu acho que essa resenha não é bem uma resenha, porque eu não vou contar pra vocês sobre o que é o livro, a sua história e nem nada porque vocês já devem ter se cansado disso, eu vou fazer só algumas observações em relação ao livro, de um jeito bem prático e simples certo? Bora lá.

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


Eu estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Eu estou apaixonado por você, e sei que o amor é um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos, todos nós, condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizermos voltará ao pó, e sei que o Sol vai engolir a única Terra para chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.

O meu problema com esse livro, o que fez eu demorar tanto para ler, foi esse frisson sabe, todo mundo amando, adorando, idolatrando e eu querendo ser do contra resisti e confesso que só li porque ganhei de presente de amigo secreto, porque a vontade existia, a curiosidade também, mas sempre existiam outros livros pelo qual eu estava mais animada para ler e para comprar, então fui deixando de lado, meu primeiro erro. 

Sempre que você lê um folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer, a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo.

Eu tinha certeza que seria um livro triste, com personagens coitadinhos sabe, e mesmo que com um olhar cult, achei que seria mais do mesmo, meu segundo erro. ACEDE é um dos livros mais completos que eu já tive a oportunidade de ler. Eu não senti pena dos personagens em nenhuma situação, e minha visão sobre pessoas com doenças terminais mudou totalmente, todo aquele drama e dificuldades que geralmente a gente encontra em romances assim, digamos a lá titio Nicholas, foram trocados por personagens reais, em situações que eu consegui imaginar perfeitamente, e mesmo que doentes, tudo parecia muito normal, eu comecei a aceitar que a morte é uma coisa natural e me permiti viver o livro de uma forma completa. 

Tudo. Aquela palavra ficou suspensa no ar por um tempo. Ambos sabíamos o que significava. Eu me levantei, arrastando meu corpo e o carrinho pelo tapete que era mais velho do que o Augustus jamais seria, me ajoelhei nos pés da cadeira, coloquei minha cabeça no colo dele e abracei sua cintura.

Não houve lágrimas, acho que foram todas derramadas em O Melhor de Mim, mas eu ri demais, o humor sarcásticos dos personagens me fez querer ler ainda mais páginas e apesar de concordar com muitas resenhas dizendo que a Hazel era mimada e egoísta e que a fixação dela pelo final do livro era irritante, eu consegui ter afeto por ela, porque se fosse comigo eu seria acho que como a ex namorada do Gus, insuportável e meio que maldosa com as pessoas ao redor, eu ainda não sei como reagiria diante de uma situação como essa, mas isso é cada um né.

Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.

Por fim acho que o livro é incrível, e foi bom lê-lo agora, antes do filme, porque eu já consegui imaginar os atores escolhidos em diversas situações e acho que vou ficar bem contente com a adaptação. Acho que independente dos personagens, a história vivida por eles nos serve como lição, para reclamar menos, se aceitar mais e viver né gente, porque parece que não mais a vida pode ser curta demais.

Não dá pra escolher se você vai ou não se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.

Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Data de Publicação: 2012
Número de Páginas: 286
Editora: Intrinseca

4 comentários:

  1. Então, eu li esse livro, mas não achei essas coisas todas.
    É um romance bacana, mas creio que não tão bom como todos pintam! Mas você, como a maioria, teve uma opinião diferente da minha, haha.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  2. Já ouvi falar bem do livro, ele está na minha lista de leitura já, pois adoro romances!
    Atualmente estou lendo Um Porto Seguro do Nicholas Sparks.

    Ah! Curiosa
    Juliane Gonçalves - Layouts

    Beijos

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  3. Oi adorei sua resenha....mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos..acesse o link..www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem..

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  4. Eu li ACEDE e achei tão zzzzz.
    Fora o câncer, é um romance super clichê. Não gostei. :|
    A minha irmã adorou o livro e por causa dele já é fã do John Green (e como metade dos leitores de 2014), enfim.
    Mas a sua resenha foi boa, você falou de alguns pontos que não vi em nenhuma outra resenha. :)

    Beijinhos.
    www.minineko.org

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